É um filme duro, cru. Que mostra uma realidade difícil, cheia de eventualidades do acaso. Ele tem poucos diálogos e não tem trilha sonora, escutamos apenas o que Rosetta escuta, e por ser solitária o silêncio reina no filme. Em algumas cenas só sabemos o que acontece ao redor pelo som ou pela reação de Rosetta, pois a câmera fica fixa o tempo todo nela. O filme não poderia ter um título melhor, ele só mostra Rosetta, sua triste rotina, sua solidão, sua melancolia, suas tentativas de mudar, ali o que importa é Rosetta.
Rosetta tenta de todos os modos ter uma vida normal, que pra ela começa com ter um emprego fixo, ela também tenta fazer a mãe, com quem mora em um acampamento de trailers, tratar o alcoolismo. Ela diariamente sai a procura de emprego, os quais nunca consegue manter por muito tempo por motivos variados. Em diversas cenas Rosetta é impulsiva e orgulhosa, mas o filme é tão bem preenchido em todos os aspectos, que não sobra espaço para nosso julgamento.
Destaques:
- A atuação da atriz que interpreta Rosetta (Emilie Dequenne), que ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes por esse papel.
- Os longos planos sequências, os close-ups e a câmera na mão são uma aula de como fazer cinema.
Direção: Jean Pierre e Luc Dardenne
País de origem: Bélgica
Ano: 1999
Minha nota: 9.5/10
Nenhum comentário:
Postar um comentário