segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O sacrifício do cervo sagrado - The killing of a sacreed deer

  

 Sabe aquela sensação que temos quando achamos que algo ruim irá acontecer? Essa sensação intuitiva é o que melhor descreve o que você sentirá ao assistir O sacrifício do cervo sagrado.
 Steven (Colin Farrell) é um renomado cardiologista e é casado com Anna (Nicole Kidman), com quem tem dois filhos adolescentes. Steven se encontra constantemente com Martin, um jovem cujo o pai faleceu enquanto era operado por Steven, mas esses encontros parecem esconder algo que Steven só perceberá quando as intenções começarem a aparecer por trás do ar de simpatia de Martin.
  Os personagens do Yorgos Lanthimos costumam ser tão expressivos quanto sociopatas ou robôs, e existe também a falta de percepção de algum comportamento totalmente fora do comum, por exemplo a tentativa de sedução assustadora da Alicia Silvertone, se é comigo ou eu saio correndo ou começo a chorar encolhida em um canto.
 O estranhamento é realmente o que se sobressai ao assistirmos qualquer filme do Lanthimos, o primeiro filme que eu assisti dele foi O lagosta, e lembro de pensar durante o filme todo: mas que porra estranha e genial é essa? Então se você é um daqueles que ficam reclamando que o filme é esquisito demais, não assista esse filme, O sacrifício do cervo sagrado foi feito pra pessoas que assim como eu, costumam falar: mano, que filme esquisito, adorei.

Destaques:
  • Pra mim esse foi o filme mais bem dirigido do Yorgos Lanthimos. Aqui ele consegue implementar o clima de tensão com vários elementos, ele utiliza a trilha sonora, os planos de câmera distantes e diferentes ângulos, e até o silêncio parece criar essa atmosfera de suspense.
  • Como ocorrem diversas situações completamente inesperadas, nós temos uma completa falta de suposição sobre o desfecho (mesmo o título dando um puta spoiler), o que provoca uma maravilhosa sensação de angustia que poucos filmes conseguem causar.

 Direção: Yorgos Lanthimos
 Ano: 2017
 País: Inglaterra, Irlanda e EUA 
 Minha nota: 9/10


terça-feira, 9 de outubro de 2018

Princesa Mononoke - Mononoke Hime



 Ashitaka é um jovem príncipe que ao proteger sua aldeia é amaldiçoado por um deus-javali, ele parte numa longa jornada à procura de sua cura por entre florestas e antigas aldeias do Japão feudal. Ao chegar no oeste, Ashitaka se vê no meio de uma guerra entre mineradores e deuses-animais, que são liderados por San, a princesa Mononoke.
 Lady Eboshi, líder dos mineradores, deseja extrair a riqueza da floresta para trazer prosperidade ao seu vilarejo, mas San e os lobos pretendem defender a floresta a todo custo.
 Considerado o filme mais pesado do Estúdio Ghibli, Princesa Mononoke trouxe fama internacional ao seu diretor e milhões de fãs ao estúdio, além de ser meu filme preferido de um dos meus diretores preferidos.

 Destaque:
 Foi esse filme que me fez virar fã do Miyazaki, em Princesa Mononoke eu percebi que as ambientações dele são as mais impressionantes e criativas que eu já vi. A cidade dos mineradores, a floresta com suas irreverentes criaturas e também as ambientações de outros filmes, como a casa de banhos de A viagem de Chihiro ou o castelo de O castelo animado são lugares que mais parecem sonhos de utopias. 

Direção: Hayao Miyazaki
Ano:1999
País: Japão
Minha nota: 10/10