Ann e John vivem um casamento de aparências. Ela deixou o emprego a pedido do marido e agora é uma dona de casa entediada, que maximiza problemas como passatempo, e ele tem um caso com Cynthia, a irmã de Ann. A chegada de Graham, antigo amigo de faculdade de John, traz consigo a percepção da realidade para as irmãs.
Graham, que é impotente, grava para seu próprio prazer mulheres falando abertamente sobre fatos de suas vidas sexuais em fitas cassetes, que ele promete que não mostrará a ninguém.
O filme de estréia do diretor Steven Soderbergh utiliza o ainda polêmico tema sexo para escancarar o tema central da história, as mentiras, as que contamos para os outros e para nós mesmos.
Através das gravações de Graham vemos que a garantia de que a fita não seria vista por mais ninguém as fazem querer contar seus segredos mais ocultos, como se fosse necessário falar aquilo em voz alta pelo menos uma vez e não ser julgada. Nas gravações elas não precisam fingir que são recatadas ou fingir que gostam de sexo, elas podem mostrar o que são debaixo do véu da moral e da normalidade.
Em Sexo, mentiras e videotapes as aparências criadas para mascarar as vidas sem sentido são descobertas, e não resta outra opção aos personagem depois de serem expostos as gravações, a não ser conviver com a verdade.
Destaque:
- O roteiro, que é simultaneamente intimista e aberto, e que também foi escrito pelo Soderbergh.
Direção: Steven Soderbergh
Ano: 1989
País de origem: Estados Unidos
Minha nota: 8.5/10