sábado, 27 de março de 2021

Repulsa ao sexo - Repulsion




 Carol (Catherine Deneuve) é uma jovem introvertida e instável, que mora com a irmã mais velha e trabalha em um salão de beleza. Quando sua irmã resolve viajar e a deixa sozinha,  Carol começa a sofrer de uma profunda depressão psicótica, que a faz ter intensas alucinações e a mantem enclausurada em seu apartamento.
 O motivo da forte repulsa que Carol sente pelos homens não é explicado, mas está bem visível nas entrelinhas do filme. A ausência de som e os enquadramentos nos reforçam a sensação de aprisionamento, seja de dentro do apartamento ou da mente de Carol.
 Eu costumo avisar quando o filme é parado, pois sei que isso desagrada muitas pessoas, e Repulsa ao sexo tem fama de ser monótono. Eu realmente não entendo essa fama, pois para mim esse é aquele tipo de filme que me prende desde o começo, mas de qualquer forma estejam avisados.
 Este é o primeiro filme da famosíssima trilogia do apartamento, que é minha trilogia preferida do cinema, juntamente com a trilogia da depressão. Ele antecede os filmes O bebê de Rosemary (1968) e O inquilino (1976). 

Destaques:
  • É impossível não notar o excelente trabalho de direção do, na época, jovem Polanski.
  • Este é um dos melhores trabalhos da Catherine Deneuve.
Direção: Roman Polanski
País: Inglaterra
Ano: 1965
Minha nota: 8.5/10



sexta-feira, 12 de março de 2021

Naufrago na lua - Kimssi Pyoroogi - Castaway on the moon



 Kim é um homem endividado que resolve se suicidar. Ele pula de uma ponte no meio de Seul e é arrastado pelas águas para uma pequena ilha desabitada onde acorda, e percebendo o ocorrido decide voltar ao continente para tentar se matar novamente. Ele tenta chamar a atenção de pessoas em barcos que passam próximo dali e com pedidos de socorro na areia, mas nada parece funcionar. Até que uma garota solitária, que vive trancada em seu quarto por anos e que tem como hobby fotografar a lua, vê o pedido de socorro deixado na areia e começa a observar, através do zoom de sua câmera, a rotina daquele misterioso homem.
 Eu confesso que achei os primeiros 15 minutos de filme bem sem graça, mas a evolução de roteiro e de ritmo foram muito surpreendentes. A inserção de outra personagem central trouxe dinamicidade ao filme, ascendendo uma pequena partícula de esperança de que os personagens possam alterar os seus prováveis destinos caso consigam se comunicar.
 Obs: Eu queria ter assistido esse filme antes da quarentena para saber se eu continuaria me identificando com os nada sociais personagens.
 Este filme foi sugerido pelo Adriano, que é um frequentador do blog. Caso você tenha uma sugestão de um filme que você não encontre em lugar nenhum e que, assim como esse, tenha uma história que fuja do comum, pode deixar nos comentários.

Direção: Hae Joon Lee
Ano: 2009
País: Coreia do Sul
Minha nota: 8.5/10


domingo, 7 de março de 2021

Thx 1138


 Em um futuro distópico as pessoas não tem mais identidade. Usam as mesmas roupas, raspam a cabeça, não tem nomes e não tem mais personalidade, já que são obrigadas a tomar medicamentos que inibem suas emoções, as deixando em um constante estado letárgico. Quando THX para de tomar seus remédios por influência de LUH, sua colega de quarto, os dois começam um romance e são descobertos e punidos pelo sistema totalitário em que vivem.
 Esse é o primeiro filme do diretor George Lucas, e apesar de ser uma ficção cientifica, não espere por naves espaciais e galáxias muito, muito distantes. Thx 1138 tem um ritmo bem lento, não tem efeitos visuais e seus cenários são salas totalmente brancas, que passam a sensação de frio e monotonia.
 A inspiração nos livros 1984 e Admirável mundo novo são evidentes, mas o filme segue uma linha bem diferente, pois enquanto os livros chocam, nos apresentando o que nossa sociedade pode se tornar e as manipulações que já vivemos, o filme consegue transmitir um total entorpecimento, como se já estivéssemos acostumados à rotina dessa unissonante sociedade.  
 
Direção: George Lucas
Ano: 1971
País: Estados Unidos
Minha nota: 7.5