terça-feira, 3 de julho de 2018

Teus olhos meus





 Teus olhos meus fala sobre as nossas mudanças de conceitos. Quando fazemos ou acreditamos em algo que não achávamos certo antes, nós deixamos de ser aquela pessoa que achava errado, nós nos renovamos, nos metamorfoseamos, mudamos aquela velha opinião formada sobre tudo, e Gil, o personagem principal do filme, percebe que faz isso todos os dias. Algo muda nele todo dia e ele já não se reconhece mais, e é a tentativa dessa descoberta interior de Gil que protagoniza o filme.
 Gil é um jovem que vive de música, ele passa os dias compondo, tocando e bebendo com os amigos, fato que desagrada o marido de sua tia, causando muitas brigas e discussões em sua casa, e Otávio, que é produtor musical, vive preso a as memórias de um amor de sua juventude, o que traz problemas ao seu atual relacionamento. Gil e Otávio se conhecem casualmente, e eles rapidamente percebem que possuem uma estranha conexão, pois eles se enxergam um no outro, e esse encontro leva a vida dos dois a caminhos e descobertas totalmente inesperados. 
 Existem filmes que temos que ver mais de uma vez, por mais que este não seja um filme complexo, ele é profundo o suficiente para não o enxergarmos por inteiro da primeira vez que o vemos. Existe muitas poesias, reflexões e epifanias que só farão sentido ao assisti-lo novamente, então reassista-o de preferencia algum tempo depois de vê-lo pela primeira vez, pois você vai precisar de um tempo pra conseguir digerir esse final. 

Destaque:


  •  O filme seria ótimo se continuasse no clima Cameron Crowe, mas inesperadamente acontece um puta plot twist, do qual eu não darei detalhes pra não dar spoiler, mas aposto que ninguém nunca imaginou esse final.


Minha nota: 8,5/10
Direção: Caio Sóh
País: Brasil
Ano: 2011