quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Relíquia macabra - Relic

 

 Atenção: Este filme é extremamente simbológico, extremamente mesmo! Caso você não se interesse por filmes assim, este é o aviso para evitar uma possível decepção.
 Kay recebe uma ligação informando que sua mãe, Edna, que é idosa e mora sozinha, não foi vista pelos vizinhos nos últimos dias e está sendo considera como uma possível desaparecida. Kay e Sam, sua filha, resolvem ir até a casa de Edna para procurar algum indício que auxilie na sua busca e lá encontram uma casa completamente desarrumada, suja e com os alimentos já apodrecidos. Edna reaparece repentinamente em uma manhã, aparentemente sem se lembrar de nada do que ocorreu, o que só faz aumentar a preocupação de Kay e de Sam quanto a ela.
 O medo é algo muito intimo, o que nos causa medo é sempre algo muito pessoal, e Relic nos mostra medos muito reais simbolizados em níveis crescentes de tensão e horror, que só ampliam nossas reflexões negativas sobre o que já temíamos. 
 O filme possui cenas de horror que nos faz mergulhar em um clima claustrofóbico e foi chamado por muitos de o filme de terror do ano, mas não se deixe levar pela opinião alheia, como eu escrevi anteriormente, o medo é algo pessoal, então se você nunca refletiu profundamente sobre distanciamento familiar, problemas mentais, velhice e principalmente sobre o abandono, talvez Relic não te atinja com o mesmo impacto que atingiu a muitos.
 Obs: Sabe aquelas frases de bêbado ditas do nada e que causam uma epifania profunda? Que te fazem pensar: Porra mano, filosofei horrores agora!? Uma vez eu disse impensadamente durante uma conversa de bar: Envelhecer é a consequência de viver. Desde que eu assisti à esse filme eu tenho pensado muito mais nessa frase.
 Eu planejei colocar Relic aqui assim que eu o assisti, mas esta também foi uma sugestão da Raisa, que é uma frequentadora do blog, caso você tenha uma sugestão de algum filme que você não acha em lugar nenhum e que tenha uma história que fuja do comum, pode deixa-la nos comentários.

Destaques:
  • A direção da estreante Natalie Erika James fez toda a diferença ao longa. Todo o trabalho de construções de cenas são inegavelmente belíssimos.
  • A última cena, mano do céu, tive um colapso mental as duas vezes que assisti ao filme.
Direção: Natalie Erika James
País: Austrália
Ano: 2020
Minha nota: 9/10