Atenção: Este filme é extremamente simbológico, extremamente mesmo! Caso você não se interesse por filmes assim, este é o aviso para evitar uma possível decepção.
Kay recebe uma ligação informando que sua mãe, Edna, que é idosa e mora sozinha, não foi vista pelos vizinhos nos últimos dias e está sendo considera como uma possível desaparecida. Kay e Sam, sua filha, resolvem ir até a casa de Edna para procurar algum indício que auxilie na sua busca e lá encontram uma casa completamente desarrumada, suja e com os alimentos já apodrecidos. Edna reaparece repentinamente em uma manhã, aparentemente sem se lembrar de nada do que ocorreu, o que só faz aumentar a preocupação de Kay e de Sam quanto a ela.
O medo é algo muito intimo, o que nos causa medo é sempre algo muito pessoal, e Relic nos mostra medos muito reais simbolizados em níveis crescentes de tensão e horror, que só ampliam nossas reflexões negativas sobre o que já temíamos.
O filme possui cenas de horror que nos faz mergulhar em um clima claustrofóbico e foi chamado por muitos de o filme de terror do ano, mas não se deixe levar pela opinião alheia, como eu escrevi anteriormente, o medo é algo pessoal, então se você nunca refletiu profundamente sobre distanciamento familiar, problemas mentais, velhice e principalmente sobre o abandono, talvez Relic não te atinja com o mesmo impacto que atingiu a muitos.
Obs: Sabe aquelas frases de bêbado ditas do nada e que causam uma epifania profunda? Que te fazem pensar: Porra mano, filosofei horrores agora!? Uma vez eu disse impensadamente durante uma conversa de bar: Envelhecer é a consequência de viver. Desde que eu assisti à esse filme eu tenho pensado muito mais nessa frase.
Eu planejei colocar Relic aqui assim que eu o assisti, mas esta também foi uma sugestão da Raisa, que é uma frequentadora do blog, caso você tenha uma sugestão de algum filme que você não acha em lugar nenhum e que tenha uma história que fuja do comum, pode deixa-la nos comentários.
Destaques:
- A direção da estreante Natalie Erika James fez toda a diferença ao longa. Todo o trabalho de construções de cenas são inegavelmente belíssimos.
- A última cena, mano do céu, tive um colapso mental as duas vezes que assisti ao filme.
Direção: Natalie Erika James
País: Austrália
Ano: 2020
Minha nota: 9/10
Olá, muito obrigada por disponibilizar esse acervo incrível. Eu procurei por Possessor, do Brandon Cronenberg em vários lugares, mas não achei, ele é de 2020 e o pessoal que viu, gostando ou não, disse que é um filme difícil de esquecer. Se vocês tiverem, postem aqui, por favor =)
ResponderExcluirOlá Bruna, fico feliz que tenha gostado dos filmes aqui do blog. Eu não conheço o filme Possessor, mas vou dar uma procurada e te aviso. Obrigada.
ExcluirOlá! Você poderia postar um filme chamado "Nada de Mau Pode Acontecer" (tículo original: Tore Tanzt), filme alemão de 2011?
ResponderExcluirObrigado, e continue fazendo esse ótimo trabalho.
Olá Mateus, na verdade o Tore Tanzt já está na minha lista de filmes para colocar aqui no blog, eu acredito que até o mês que vem eu consigo posta-lo. Obrigada.
ExcluirAcho que vais gostar desse título: Subspecies( a geração vamp)!
ResponderExcluirNa verdade é uma trilogia, mas o primeiro é muito louco!
Muito obrigado por disponibilizar esse acervo magnífico e underground para nós, mineradores da rede!!!
Olá Cícero. Eu acabei de assistir Subspecies e lembrei que já tinha assistido esse filme várias vezes quando eu era criança, nos anos 90. Acho que ele passava no Sbt ou na Band, quando eu vi a cara do Radu lembrei na hora de todo o filme. Ótima indicação, vlw!
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