sábado, 30 de julho de 2022

Titane


 
 Alexia não é um ser constituído apenas de sangue, pele e ossos. Após sofrer um acidente de carro quando criança, uma placa de titânio foi implantada em seu crânio, o que originou uma estranha conexão de Alexia com automóveis. 
 Esse é o segundo longa da diretora Julia Ducournau, e assim como em Grave, seu filme de estreia, a narrativa é construída de forma aberta a interpretações, poucas ou nenhuma explicação nos é dada sobre as motivações e ações dos personagens, cabe a nós observar e tirar nossas próprias conclusões. Estou informando isso porque o filme que mais pessoas vieram me falar que não gostaram do blog foi o Grave, então este é um aviso de que esse filme não vai te explicar nada e que ele é estranho pra caralho.
 Com algumas cenas muito aflitivas e um enredo surpreendente (mesmo com um desfecho previsível), Titane gerou um interesse/curiosidade em muita gente por retratar a historia de uma mulher que SPOILER SPOILER engravida de um carro FIM DO SPOILER, mas o filme vai muito além dessa história esquisitona. As criticas sociais em Titane são implícitas mas são visíveis, aqui o horror é utilizado assim como sempre foi, para chocar, mas toda a visceralidade exposta por uma mulher constantemente vista como objeto de desejo surpreende muito mais do que as vísceras em si. 

Direção: Julia Ducournau
País: França e Bélgica 
Ano: 2021
Minha nota: 9/10