Ruth, interpretada pela sempre ótima Laura Dern, é uma mulher viciada em drogas, que não tem onde morar e nem como se sustentar. Após ser presa por inalação de vapores perigosos, Ruth descobre que está grávida novamente e o juiz lhe propõe uma diminuição de pena caso ela concorde em realizar um aborto, para que seu bebê não tenha o mesmo destino de seus outros 4 filhos, que ela nem mesmo sabe onde estão.
Depois de pedir por um auxílio divino, Ruth é "ajudada" por dois grupos totalmente opostos. O primeiro é um grupo cristão conservador, que tenta manipula-la a não abortar, e o outro é um grupo pró aborto, que ideologiza a liberdade da escolha a favor do aborto. Ruth é usada como símbolo pelos dois grupos, que nunca passaram pelas coisas que ela passou e que realmente nem se importam com Ruth ou com o possível futuro do bebê, pois para eles é muito mais importante empurrar suas ideologias e brigar com quem discorda delas.
Ruth em questão mostra pontos além dos assuntos considerados tabus que todos adoram opinar, mesmo tendo algum conhecimento pelo assunto ou não. Ele consegue exibir de forma clara e irônica toda nossa falta de empatia e de respeito com o direito à escolha das pessoas.
Essa sátira politica pode ser usada como analogia para a abordagem de intermináveis assuntos, pois aparentemente só Voltaire defende o direito de fala de algo que não concorda. Fato esse que fica cada vez mais evidente com a internet, onde eu já vi discussões por discordância de opiniões até em site de receita.
Direção: Alexander Payne
Ano: 1996
País: Estados Unidos
Minha nota: 8/10
Não se ausente, por favor! rsrsrs
ResponderExcluirPoste mais obras de arte.
Seu blog é fantástico! Parabéns!!!
Olá Paulo! Eu realmente me ausentei por um tempo porque estava sem tempo nenhum, mas agora eu conseguirei dar mais atenção ao blog e tentarei postar um filme por semana. Obrigada pelo carinho!
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