Uma mulher que vive há anos em uma casa na montanha, isolada da sociedade, começa a escrever suas memórias desde que chegou àquela casa, e percebemos que a mulher que parecia ser uma misantrópica depressiva, na verdade é uma prisioneira de algo surreal.
Tudo começou quando a mulher e um casal de amigos foram passar alguns dias na casa e logo após chegarem o casal resolve ir até o vilarejo mais próximo. Quando a mulher acorda no dia seguinte e percebe que o casal ainda não voltou ela resolve ir até o vilarejo, enquanto caminhava a mulher bate em algo no meio da estrada e quando ela estende as mãos percebe que existe uma espécie de barreira invisível, como uma vidraça, interrompendo o caminho. Nos dias seguintes suas tentativas de atravessar a parede invisível são substituídas pelos seus planos de sobrevivência, ela percebe que não haverá nenhum resgate pois, inexplicavelmente, o mundo do outro lado da parede já não existe mais.
A parede é um filme diferente de tudo o que você já viu, ele nos traz muitas reflexões sobre o existencialismo e remonta a visão homem-natureza que possuíamos. É como se esse lugar a qual a mulher ficou presa se equiparasse a um lugar dentro de nós, um lugar que foi esquecido por conta da nossa convivência em sociedade e que´pode ser muito bem descrito pela frase no cartaz do filme: "Dentro de cada um de nós encontra-se uma verdade que só o deserto pode revelar".
Diretor: Julian Roman Pösler
País: Áustria
Ano: 2012
Minha nota: 8/10
Simplesmente perfeito, bela fotografia, e que atuação da protagonista, adorei. Se tornou um dos meus favoritos.
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