Na sombria cidade de Bad City (nome descaradamente autoexplicativo), em meio a degeneração geral, vivem os dois personagens centrais: Arash e uma vampira solitária. Enquanto Arash passa seus dias trabalhando e cuidando do pai viciado, a vampira misteriosa passa suas noites atacando e assustando os decadentes cidadãos desta cidade.
A belíssima fotografia preto e branco implementa o ar taciturno do filme, mas o destaque é a trilha sonora, porque o filme, em sua maior parte, fica emergido num clima melancólico, e é a música que diferencia as emoções demonstradas no momento.
Todos os elementos juntos se transformaram em uma bela obra artística. Até o caso romântico dos personagens foi muito bem encaixado, e aliás, filmes de vampiros podem ter um romance e não ter referências de Crepúsculo, pois o romance está entre os vampiros cinematográficos desde Nosferatu.
Apesar da história se passar no Irã e ser interpretada por atores Iranianos, essa mistura de terror e western foi gravada nos Estados Unidos. E mesmo trazendo elementos que parecem ter sido esquecidos dos filmes de vampiros, como a escuridão, a maldade e a falta de remorso por matar, ele consegue inovar com uma vampira que dança sozinha, escuta Lionel Richie, e que na verdade não caminha, mas anda de skate pela noite.
Destaque:
- O filme foi classificado como um "filme de arte" porque é impossível não reparar no trabalho perfeito de fotografia e direção de arte.
Direção: Ana Lily Amirpour
Ano: 2015
Países de origem: Estados Unidos e Irã
Minha nota: 9/10
Olá Jéssica, acabei de repostar o filme. Obrigada por avisar.
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