domingo, 9 de outubro de 2016

Crash - Estranhos prazeres





 David Cronenberg novamente demonstra a obsessiva busca ao prazer a qualquer custo através do uso das afrontas e das mesclas do artificial ao humano.
 James e sua esposa tem, mesmo para as pessoas mais libertinas, preferências sexuais no minimo excêntricas, mas após sofrer um acidente automobilístico, James conhece um grupo de pessoas que sentem prazer sexual assistindo e encenando acidentes de carro, e eles cultuam cicatrizes e mutilações causadas por esses acidentes. James é automaticamente atraído pelo grupo, mas essa incessante busca a acidentes exige de James e de sua esposa uma doação emocional, que mesmo sendo excitante e prazerosa, consome muito mais do que eles imaginavam.
  Crash usa como metáfora um dos nossos instintos mais primitivos, e mesmo usando de cenas sexuais realistas a delicados e pequenos gestos provocantes, como deslizar as mãos por um para-choque acidentado ou por um volante, o filme mantem desde a primeira cena um clima extremamente sensual e perturbador, que choca até os mais imorais.


 Destaque:

  • Todas as atuações são maravilhosas, e mesmo com a sempre impecável Holly Hunter no elenco, quem mais me chamou atenção foi a Deborah Kara Unger, que consegue expressar juntamente a sensualidade e o sofrimento por ser escrava de seus prazeres.

 Direção: David Cronenberg
 Ano: 1996
 Países de origem: Canadá e Reino Unido
 Minha nota: 9.5/10

  

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