sexta-feira, 1 de julho de 2016

O tambor - Die blechtrommel



 Após observar o mundo dos adultos Oskar decide parar de crescer e continuar como um garoto de três anos para sempre. O problema é que a terra do nunca de Oskar é a Alemanha, que está se tornando nazista, nos anos 30.
 Um pouco antes de sua drástica decisão, Oskar ganha um tambor, instrumento que o acompanha pelo resto da vida e que ninguém consegue retirar dele. Ele passa a maior parte de seus dias irritando parentes, vizinhos, professores e até atrapalhando comícios nazista com o seu tambor.
 Esse premiadíssimo filme alemão foi proibido em alguns países por conter cenas de sexo com uma criança. Talvez essas cenas causaram essa repercussão porque o David Bennent (ator que interpreta o Oskar), que tinha doze anos quando gravou o filme, permanecia com a aparência de uma criança de cinco ou seis anos.
 O filme é narrado por Oskar, com seu olhar misantrópico sobre o mundo, desde o inusitado momento em que seus avós se conheceram, até seus 21 anos. Apesar do foco ser a vida de Oskar e seu tambor, as entrelinhas são a natureza humana e politica, colocadas de tal forma que dá vontade de fazer o que o Oskar fez, fugir desse mundo de atritos absurdos e ir para o circo de anões.

Destaques:
  • Junto com Vá e veja (1985) é o filme mais interessante que eu já vi sobre 2° guerra mundial, pois ele mostra a manipulação politica sendo instalada aos poucos na população alemã.
  • A narrativa é muito original, ela dá um ar simultaneamente surreal e infantil ao filme.

 Direção: Volker Schlöndorff
 Ano: 1975
 Países de origem: Alemanha, França, Iugoslávia e Polônia
 Minha nota: 8.5/10  

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