A realidade virtual vista apenas como realidade é a abordagem dualista e cada vez menos surrealista de O congresso futurista.
Robin Wright, interpretando ela mesma, é uma atriz que já teve muito sucesso e fama, mas atualmente está afastada da vida pública, dedicando-se aos filhos, até receber uma intrigante proposta do estúdio de cinema para o qual trabalha. O estúdio deseja digitaliza-la para poder utilizar sua imagem em seus futuros filmes.
Em tempos de greve de roteiristas e atores em Hollywood, O congresso futurista se torna mais realista e visionário do que poderíamos cogitar quando foi lançado. Com a evolução das inteligências artificiais muitos trabalhos artísticos (ou não) podem não ser mais necessários, mas a questão que o filme levanta é: isso seria totalmente prejudicial?
Existencialista e muito surrealista, O congresso futurista é um filme para quem consegue mergulhar no ilógico e enxergar um mar de reflexões ao invés de um linear de respostas.
É doido e é lindo
Direção: Ari Folman
Ano: 2014
País: França, Alemanha, Bélgica e Polônia
Minha nota: 8,5/10